Eu tinha acabado de fazer 13 anos quando ganhei um concurso de contos na minha cidade, Santa Bárbara d’Oeste (SP). Era um concurso de contos e poesias, promovido pela Associação Literária Barbarense, e fiquei em segundo lugar, com o melhor conto. O primeiro e o terceiro lugares foram para poesias.
Ganhei uma caderneta de poupança no valor de 8 mil cruzeiros e participei de uma cerimônia de premiação. Os três primeiros colocados receberam valores no Banespa e os outros sete levaram menções honrosas, todos alunos de escolas públicas.
E minha amada mãe virginiana guardou tudo. Eu mal acreditei quando encontrei o resultado do concurso, o convite, o recibo do banco e, principalmente, o conto redigido a mão. Escrevi numa aula da sétima série, em 1993, e ao final eu tinha escrito “Obs.: Esse conto ganhou o 2º lugar no concurso de Contos e Poesias de Santa Bárbara d’Oeste”, mas rabisquei essa parte e não sei por quê. Pelos tons de caneta, eu incluí meus dados em outro momento, provavelmente depois do resultado do concurso.
Nas minhas memórias, eu achava que fosse mais nova quando escrevi esse conto, mas do conteúdo eu me lembrava bem. Que incrível poder recuperar de forma tão concreta! Obrigada por mais esse tesouro, @veraluciafelipperodrigues! E fiquei chocada ao lembrar que nós éramos números naquela época. A chamada não era pelo nome, e sim pelo número.


